“Afinal, as coisas estão tão feias como tanta gente comenta? Devo continuar retraído diante dessa crise que não acaba?”
Esses questionamentos têm sido frequentes pelo que temos acompanhado em conversas com profissionais de diversas áreas e também nas redes sociais.
A atualização da Pesquisa de Tendências em Gestão de Pessoas – PTGP 2017, realizada agora em junho pela ISK Consultoria Organizacional, mostra, no entanto, uma posição até certo ponto ponderada, confirmando a importância de se colocar em prática as ações necessárias para o bom andamento dos projetos de gestão de pessoas inicialmente planejados para este ano.
A despeito da continuidade da retração econômica, a maioria das empresas conseguiu manter as expectativas quanto aos negócios (79%) e quanto ao quadro de lotação (64%) no primeiro semestre, porém com atenção redobrada para o cenário político e econômico e conciliando com os resultados dos negócios para verificar a necessidade de eventuais ajustes em seu planejamento no segundo semestre.
O Banco Central divulgou, no boletim Focus de 10/07/17, a projeção, para 2017, de crescimento do PIB em 0,34% e da produção industrial em 0,84%, estimativa de inflação de 3,46%, taxa Selic de 8,25% e câmbio de R$ 3,35. Cenário que requer atenção, conforme mencionado pelas empresas.
O IBGE divulgou que o desemprego subiu para 13,7% no 1º trimestre de 2017, sendo a maior taxa de desocupação da série histórica. Por outro lado, o Caged divulgou a criação de 9.821 vagas em junho e fechando o 1º semestre com a ocupação de 67.358 vagas, apresentando que o desemprego parou de aumentar, mas que ainda requer acompanhamento nos próximos meses
O orçamento das áreas de recursos humanos foi mantido nesse primeiro semestre de 2017 por 71% das empresas participantes, o que contribuiu para que as ações prioritárias fossem colocadas em prática em 80% dessas empresas.
As razões para a não implantação das ações foram a incerteza mercadológica, o remanejamento de verbas e a redução de quadro. Já as ações que ainda não foram implantadas poderão ser revistas, alterando a abrangência, realizadas internamente ou suspensas, caso o cenário não apresente melhoras no segundo semestre.
Para driblar as dificuldades, as empresas estão investindo na conquista de novos clientes e na fidelização dos atuais, no desenvolvimento de novos produtos, na ampliação de mercado, no fortalecimento da marca, na revisão e informatização de processos internos, além de desenvolvimento da equipe comercial e administrativa envolvidas no atingimento das metas e no acompanhamento de indicadores.
Manter a motivação da equipe, mesmo diante dos resultados não satisfatórios, tem se mostrado um desafio constante na busca de resultados superiores.
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